sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Exército Romano: Poderoso e Organizado


O Império Romano foi extenso e extremamente poderoso, atingiu seu ápice tendo como um dos seus pilares o Exército, uma ferramenta fundamental para suas conquistas. Mas paras ser um exército poderoso não basta quantidade, tem que ter qualidade, e os romanos souberam muito bem preparar o seu exército.

A organização é algo essencial para a formação de um exército, e nesta questão os romanos revolucionaram. Dividiam seus homens em grupamentos menores e que se complementavam seguindo uma hierarquia, uma organização semelhante encontrada nos exércitos atuais. A menor unidade era a Decúria composta por 8 a 10 soldados, nos exércitos atuais seria semelhante a um GC (Grupo de Combate), unindo 8 a 10 Decúria formava-se uma Centúria, conseqüentemente formada por 80 a 100 soldados, equivalente a uma Companhia do Exército Moderno,a Centúria era comandada por um Centurião; duas Decúria formava um Manípulo, equivalente a um pequeno Batalhão, e por fim, 3 Manípulos formava uma Corte, equivalente a uma Brigada.
Alem das subdivisões o Exército romano era organizado por especialidades, a principal era a Infantaria, homens que lutavam a pé, no corpo a corpo, munidos de espadas, lanças e escudos, e desenvolveram técnicas de defesa usadas até hoje, a formação “tartaruga”, uma formação que os homens se organizavam em fileiras e colunas alinhadas; os das extremidades uniam seus escudos na frente do corpo, não deixando nenhuma brecha, os homens do interior uniam seus escudos sobre a cabeça, da mesma forma sem deixar brechas, essa formação protegia os soldados de ataques de flechas que vinham do alto, esta técnica ainda é muito utilizada em operações militares de distúrbios civis, em manifestações etc. Outra especialidade era a cavalaria que era composta principalmente por oficiais de alta patente, e havia ainda na reta-guarda da linha de batalha, a Artilharia composta por arqueiros e por catapultas e atacavam a distancia.

Os homens destinados ao exército eram preparados desde muito cedo. As crianças que nasciam canhotas tinham o braço esquerdo amarrado, até que se acostumasse a trabalhar com o braço direito, já que para o exército o canhoto não era bem vindo, e por questões obvias, já pensou uma formação tartaruga com um canhoto? Ficaria um enorme buraco, logo vulnerável.
Os Romanos tiveram um exército extremamente poderoso e muito temido, foi o primeiro a profissionalizar o soldado, ou seja, o militar não tinha que se preocupar em ter outro emprego, a sua profissão era ser soldado, ele recebia e sustentava sua família com que recebia do Exército, e esse foi um dos fatores primordiais para o sucesso do Exército Romano.

GOVERNOS POPULISTAS




O POPULISMO É UM DOS FENÔMENOS POLÍTICOS MAIS MARCANTES DA AMÉRICA LATINA DURANTE O SÉCULO XX. COM BASE NESTA AFIRMATIVA, IREMOS APONTAR ALGUMAS DAS CARACTERÍSTICAS DE UM GOVERNO POPULISTA E COMPARAR A NÍVEL DE ILUSTRAÇÃO OS GOVERNOS DE J. PERÓN (ARGENTINA), LÁZARO CÁDERNAS ( MÉXICO) E GETÚLIO VARGAS (BRASIL).
Populismo é uma forma de governar em que o governante utiliza de vários recursos para obter apoio popular. O populista utiliza uma linguagem simples e popular, usa e abusa da propaganda pessoal, afirma não ser igual aos outros políticos, toma medidas autoritárias, não respeita os partidos políticos e instituições democráticas, diz que é capaz de resolver todos os problemas e possui um comportamento bem carismático. É muito comum encontrarmos governos populistas em países com grandes diferenças sociais e presença de pobreza e miséria.
Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, adotou o populismo como uma das características de seu governo. Apelidado de "pai do pobres", promoveu seu governo com manifestações e discursos populares, principalmente no Dia do Trabalho (1º de maio). Não respeitou a liberdade de expressão e a democracia no país. Usou a propaganda para divulgar suas ações de governo.

Maria Thereza Goulart


Naquela noite, Maria Teresa escolheu um vestido azul-piscina e optou por prender os cabelos negros no alto da cabeça. Quando subiu ao pequeno palanque de 1,60 metro de altura postado na praça da República, em frente à Central do Brasil, no Rio de Janeiro, fez-se silêncio entre os 100 mil presentes. Eram 19h44 de 13 de março de 1964.

Ela ainda não sabia, mas, aos 24 anos, a primeira-dama mais bonita que o país já teve participava do primeiro e último comício ao lado do marido, João Belchior Marques Goulart, 20 anos mais velho. Dezoito dias depois daquela noite, o presidente João Goulart, o Jango, seria apeado do poder por um golpe de generais que daria início à ditadura militar que vigeu até 1985.

Segundo alguns historiadores, o golpe viria de qualquer maneira, mas o que ficou conhecido como Comício da Central do Brasil o precipitou. Para outros, a concentração daquele dia serviu apenas para provocar os conspiradores e assim uni-los mais em torno do mesmo objetivo, derrubar Jango.

Em discurso de 65 minutos, João Goulart anunciou que havia assinado decreto que encampava todas as refinarias particulares de petróleo e outro que desapropriava e destinava à reforma agrária terras em torno de ferrovias e rodovias federais e pedia reforma urgente da Constituição, "acima da qual está o povo".

Na mesma noite, o então deputado federal (PTB) e ex-governador gaúcho Leonel Brizola sugeriria como "única solução" pacífica o fechamento do Congresso e a formação de uma assembléia constituinte, formada por "camponeses, operários, muitos sargentos e oficiais nacionalistas".

Quando seu marido, João Goulart foi empossado presidente do Brasil, Maria Tereza tinha apenas 21 anos. Foi a mais bela primeira dama que este país já teve. Linda e chique, foi um sopro de juventude e frescor no sisudo e atrasado cenário político brasileiro.
Apesar da idade, foi uma das fundadoras da Legião Brasileira de Assistência (LBA) e ajudou a levantar a então iniciante alta-costura brazuca. O famoso Denner era quem cuidava de seu guarda-roupa.
A revista americana ''People'' a elegeu uma das dez mulheres mais bonitas do mundo.

Maria Thereza se encontra com 71 anos, em plena atividade e muito linda como sempre foi.

PORQUE JÂNIO QUADROS CONDECOROU CHE GUEVARA



A história vai do jeito que me foi contada por um ex-deputado do grupo janista. Que, por sua vez, a ouviu do ex-ministro Saulo Ramos, seu amigo, num momento de descontração e reminiscências.
Jânio acabara de assumir a Presidência da República e almoçava no Alvorada com José Aparecido, Carlos Castelo Branco e Saulo Ramos, seus assessores mais próximos. No meio do almoço seu ajudante-de-ordens veio lhe dizer que havia um importante telefonema dos Estados Unidos. O presidente vai até seu gabinete, demora alguns minutos e volta com uma expressão mais enigmática do que a de sempre. Diante da curiosidade indisfarçável dos três assessores, resolve abrir o jogo:
-Era o presidente Kenedy e queria me pedir um favor. Acho que vou atendê-lo.
O telefonema foi resumido assim. Kenedy explicou a Jânio que estava tentando aprovar no Congresso americano um projeto chamado Aliança Para o Progresso, mas que estava encontrando uma resistência muito grande.
Por isso pedia ao presidente brasileiro que condecorasse Che Guevara, que se encontrava em Punta Del Este, no Uruguai, acompanhando a reunião da OEA, junto com Raul e Fidel Castro, antes de seu regresso a Havana. A condecoração seria um argumento definitivo para mostrar aos americanos o perigo de uma cubanização da miserável América Latina, a partir do Brasil. Perigo que só poderia ser afastado com a ajuda econômica milionária dos Estados Unidos. Como contrapartida, se a proposta colasse, quem primeiro receberia uma generosa ajuda, seria o Brasil.
O pedido foi atendido, Kenedy conseguiu sensibilizar o Congresso, aprovando a Aliança Para Progresso. E o governo brasileiro recebeu uma enxurrada de dólares e tonelada de leite em pó, de péssimo gosto, por sinal.
Mas até hoje o chamado grande público acha que a inexplicável condecoração de Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul, a mais alta honraria nacional, foi fruto de uma decisão, digamos, etílica, do ex-presidente Jânio. Que nunca foi de esquerda.

DESTINO MANIFESTO


(Esta pintura (cerca 1872) de John Gast chamada Progresso Americano é uma representação alegórica do Destino Manifesto. Na cena, uma mulher angelical, algumas vezes identificada como Colúmbia, (uma personificação dos Estados Unidos do século XIX) carregando a luz da "civilização" juntamente a colonizadores americanos, prendendo cabos telégrafo por onde passa. Há também Índios Americanos e animais selvagens do oeste "oficialmente" sendo afugentados pela personagem)
Após conquistar a sua independência, os Estados Unidos vivenciou os desafios vividos pela autonomia através de um grande processo de expansão territorial. Já em 1803, o governo dos EUA duplicou suas dimensões territoriais ao adquirir as terras da Louisiana, que pertenciam à França. Décadas mais tarde, em 1846, o Óregon é negociado junto aos ingleses. Logo em seguida, um conflito contra o México garantiu mais terras ao sul.
Analisando superficialmente, podemos dizer que esse rápido crescimento se dava conforme os interesses pela expansão econômica do país se avolumavam. Não por acaso, toda essa euforia foi responsável pela atração de um grande número de imigrantes provenientes da França, Grã-Bretanha, Escandinávia, Países Baixos e de outras regiões do leste Europeu. Em geral, essas famílias chegavam até aqui com a expectativa de conseguirem um lote de terras ou atuarem como operários nas indústrias.

Extrapolando as razões de natureza econômica, podemos observar que a expansão norte-americana também foi justificada pelos valores disseminados pela doutrina do Destino Manifesto. Segundo tal ideologia, os estadunidenses comporiam um grupo de pessoas eleitas por Deus para promoverem o desenvolvimento e a formação da mais importante nação de todos os tempos.

Comparativamente, podemos ver que o Destino Manifesto oferecia sentimentos de ambição e autoconfiança,bastante semelhantes aos que os ideólogos do neocolonialismo, nessa mesma época, empregavam para explicar a dominação de regiões na África e na Ásia. No campo das artes, podemos ver que muitos pintores e poetas norte-americanos elaboravam paisagens naturais grandiosas, em que o homem estadunidense se lançava ao desafio da conquista.

Historicamente, o Destino Manifesto acabou por justificar a tomada dos territórios mexicanos e o processo de perseguição e extermínio de várias comunidades indígenas. Externamente, esse mesmo sentimento de ganho e liderança também foi um dos sustentáculos que explicavam a intervenção política e militar dos Estados Unidos em outras nações do continente americano.

Por fim, observamos que essa doutrina não se encaixava somente com os interesses econômicos da nação norte-americana. Sendo colonizada originalmente por cristãos puritanos, a nação americana tinha nessa doutrina, uma renovação de narrativas bíblicas em que um “povo eleito” saía em busca de sua “terra prometida”. De tal forma, vemos que a expansão das fronteiras acabava materializando um universo de valores culturalmente desenvolvidos ao longo do tempo.